quinta-feira, maio 15, 2008

ACORDO ORTOGRÁFICO - UMA QUESTÃO DE BOM SENSO

A Assembleia da República ratificou há mais de quinze anos o Acordo Ortográfico, mas apesar disso, este ainda não está em vigor. Nacionalismos de vistas curtas em Portugal e no Brasil têm atrasado a sua entrada em vigor e prejudicado, desta forma, a difusão internacional da Língua Portuguesa.
O Acordo Ortográfico é apenas um elemento de uma política internacional de afirmação da Língua Portuguesa no mundo, mas é um elemento imprescindível
É tempo de dizer basta à pressão dos lóbis que têm impedido a sua aplicação e de dar passos decididos para a sua aplicação. É uma questão de bom senso.
Já manifestei aqui, aqui e aqui, que considero fundamental a implementação do Acordo Ortográfico para que ao Língua Portuguesa tenha futuro. Defendo-o porque a minha pátria é a Língua Portuguesa na sua unidade e diversidade, que não pode prescindir da maior unidade ortográfica possível.
Como escreveu Rui Tavares, no Público, de 14 de Maio de 2008: «Aquilo que na sexta-feira se votará no Parlamento português é uma modificação que se introduziu, entretanto, para permitir a entrada de Timor-Leste e aceitar que o acordo entre em vigor depois de ratificado por três países».
E acrescentou: «Agora que o Brasil aceitou uma norma comum, e que alguns países africanos já a adoptaram e outros a vão adoptar, seria um enorme erro estratégico fazer com que Portugal ficasse de fora».
Acredito que os deputados saberão ultrapassar nacionalismos estreitos e estar a altura dos parlamentares republicanos que promoveram a primeira reforma ortográfica.
Quero, aliás, dizer com clareza, que estou ao lado dos que defendem uma mais rápida implementação do Acordo Ortográfico e que o consideram essencial para uma maior relação entre os países lusófonos.
Subscrevo por isso a petição www.gopetition.com/online/17740.html

2 comentários:

de.puta.madre disse...

Senilidade é às vezes sinónimo de bom senso.

José Leitão disse...

Bom senso é inseparável de bom gosto pelo menos desde as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense.