A nova realidade económica, social e política internacional, o aprofundar do processo de globalização, a crise e o peso das políticas neoliberais, têm tornado cada vez mais necessária a unidade de acção das organizações sindicais e a existência de uma forte e activa CSI-Confederação Sindical Internacional, a cuja criação nos referimos aqui.
Torna-se premente um novo internacionalismo sindical vivo e actuante sob pena dos sindicatos se tornarem cada vez mais actores secundários no necessário processo de regulação da globalização e no combate à crise. A UGT (União Geral dos Trabalhadores) aderiu desde o início à CSI, mas faz falta a adesão da CGTP-IN.
A Conferência Sindical Internacional realizada ontem em Lisboa sob o lema “Os desafios da acção e organização sindical e a CSI no combate à crise”, cujo programa pode ver aqui ,foi por isso um acontecimento de grande significado que marcará a evolução sindical em Portugal.
Esta Conferência foi promovida por um conjunto de onze sindicatos filiados na CGTP-IN, ligados a todas as correntes minoritárias, desde a corrente socialista à bloquista, passando por católicos e ex-comunistas, e contou com o apoio da Fundação Friedrich Ebert, como se pode ver aqui.
Estes sindicatos divulgaram no momento da convocação da Conferência um manifesto em que defendem a adesão da CGTP-IN à CSI, como já tinham defendido no Congresso da CGTP-IN, que optou pela não filiação na CSI ou na FSM, considerando que o debate sobre esta questão devia prosseguir.
A relevância da Conferência não pode ser avaliada pelo número dos sindicatos que a organizaram, mas pela pertinência das questões colocadas, que foram referidas no manifesto que divulgaram e ninguém conseguirá retirar da agenda a questão da necessidade de filiação sindical da CGTP-IN na CIS.
Sem pretender ser exaustivo registo algumas das razões, constantes do manifesto divulgado pelos onze sindicatos e aprofundadas em algumas das intervenções. A necessidade de fazer face à crise e aos desafios da globalização e da crise leva a que a CGTP-IN não possa deixar de estar na CSI, onde se encontra a grande maioria das centrais sindicais de classe, nem poderá deixar de ser solidária com a maioria das centrais sindicais a nível mundial.
A CSI tem 311 organizações sindicais filiadas e representa 168 milhões de trabalhadores, enquanto a FSM não divulga o número de sindicatos filiados, nem o número de trabalhadores que representa.
Todas as confederações sindicais da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) estão filiadas na CIS, com excepção da CGTP-IN. Todas as confederações sindicais nos PALOP, bem como a CUT/Brasil estão filiadas na CSI, o que significa que as confederações dos países de origem das principais comunidades de imigrantes em Portugal, estão filiadas na CSI. A ausência da CGTP-IN da CIS dificulta também a defesa a nível internacional dos imigrantes portugueses, designadamente, na área da construção civil.
Só a CSI e não a FSM, têm capacidade de intervenção na OMC (Organização Mundial do Comércio), na OIT, junto do FMI ou do Banco Mundial.
Em matéria de liberdade e democracia sindical, a CSI defende a aplicação das convenções fundamentais da OIT, e, por extensão dos direitos humanos, e a FSM não valoriza nem releva essas importantíssimas conquistas civilizacionais.
A CSI é a única resposta mundial inovadora aos desafios da crise e da globalização, que pode contribuir para alterar a correlação de forças a favor dos trabalhadores, que permitirá conferir maior eficácia à sua luta pela liberdade e pela justiça, através da intervenção autónoma das centrais sindicais.
Florival Lança, antigo Secretário Internacional da CGTP-IN, Ulisses Garrido, ou Carlos Trindade, dirigentes da CGTP-IN, ou Reinhard Naumann, representante da Fundação Friedrich Ebert, sublinharam, entre muitos outros, as razões pelas quais consideram necessária essa adesão.
José Pedro Castanheira referiu no Expresso, de 7/11/2009, que “O PCP forçou a CGTP a rejeitar convite para a Conferência”, mas o debate não deixará de prosseguir.
Sugiro aos interessados neste debate, que consultem a informação disponível, no blogue que pretende discutir de forma aberta a possível filiação da CGTP-IN na CSI-Confederação Sindical Internacional aqui.
Este é um debate a que não podemos ser indiferentes, porque não interessa apenas aos sindicalistas de uma determinada orientação sindical, terá reflexos na coesão social, na qualidade da democracia, nas lutas de todos os cidadãos pela inclusão e pela cidadania, por trabalho decente e com direitos para todos os trabalhadores.
Torna-se premente um novo internacionalismo sindical vivo e actuante sob pena dos sindicatos se tornarem cada vez mais actores secundários no necessário processo de regulação da globalização e no combate à crise. A UGT (União Geral dos Trabalhadores) aderiu desde o início à CSI, mas faz falta a adesão da CGTP-IN.
A Conferência Sindical Internacional realizada ontem em Lisboa sob o lema “Os desafios da acção e organização sindical e a CSI no combate à crise”, cujo programa pode ver aqui ,foi por isso um acontecimento de grande significado que marcará a evolução sindical em Portugal.
Esta Conferência foi promovida por um conjunto de onze sindicatos filiados na CGTP-IN, ligados a todas as correntes minoritárias, desde a corrente socialista à bloquista, passando por católicos e ex-comunistas, e contou com o apoio da Fundação Friedrich Ebert, como se pode ver aqui.
Estes sindicatos divulgaram no momento da convocação da Conferência um manifesto em que defendem a adesão da CGTP-IN à CSI, como já tinham defendido no Congresso da CGTP-IN, que optou pela não filiação na CSI ou na FSM, considerando que o debate sobre esta questão devia prosseguir.
A relevância da Conferência não pode ser avaliada pelo número dos sindicatos que a organizaram, mas pela pertinência das questões colocadas, que foram referidas no manifesto que divulgaram e ninguém conseguirá retirar da agenda a questão da necessidade de filiação sindical da CGTP-IN na CIS.
Sem pretender ser exaustivo registo algumas das razões, constantes do manifesto divulgado pelos onze sindicatos e aprofundadas em algumas das intervenções. A necessidade de fazer face à crise e aos desafios da globalização e da crise leva a que a CGTP-IN não possa deixar de estar na CSI, onde se encontra a grande maioria das centrais sindicais de classe, nem poderá deixar de ser solidária com a maioria das centrais sindicais a nível mundial.
A CSI tem 311 organizações sindicais filiadas e representa 168 milhões de trabalhadores, enquanto a FSM não divulga o número de sindicatos filiados, nem o número de trabalhadores que representa.
Todas as confederações sindicais da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) estão filiadas na CIS, com excepção da CGTP-IN. Todas as confederações sindicais nos PALOP, bem como a CUT/Brasil estão filiadas na CSI, o que significa que as confederações dos países de origem das principais comunidades de imigrantes em Portugal, estão filiadas na CSI. A ausência da CGTP-IN da CIS dificulta também a defesa a nível internacional dos imigrantes portugueses, designadamente, na área da construção civil.
Só a CSI e não a FSM, têm capacidade de intervenção na OMC (Organização Mundial do Comércio), na OIT, junto do FMI ou do Banco Mundial.
Em matéria de liberdade e democracia sindical, a CSI defende a aplicação das convenções fundamentais da OIT, e, por extensão dos direitos humanos, e a FSM não valoriza nem releva essas importantíssimas conquistas civilizacionais.
A CSI é a única resposta mundial inovadora aos desafios da crise e da globalização, que pode contribuir para alterar a correlação de forças a favor dos trabalhadores, que permitirá conferir maior eficácia à sua luta pela liberdade e pela justiça, através da intervenção autónoma das centrais sindicais.
Florival Lança, antigo Secretário Internacional da CGTP-IN, Ulisses Garrido, ou Carlos Trindade, dirigentes da CGTP-IN, ou Reinhard Naumann, representante da Fundação Friedrich Ebert, sublinharam, entre muitos outros, as razões pelas quais consideram necessária essa adesão.
José Pedro Castanheira referiu no Expresso, de 7/11/2009, que “O PCP forçou a CGTP a rejeitar convite para a Conferência”, mas o debate não deixará de prosseguir.
Sugiro aos interessados neste debate, que consultem a informação disponível, no blogue que pretende discutir de forma aberta a possível filiação da CGTP-IN na CSI-Confederação Sindical Internacional aqui.
Este é um debate a que não podemos ser indiferentes, porque não interessa apenas aos sindicalistas de uma determinada orientação sindical, terá reflexos na coesão social, na qualidade da democracia, nas lutas de todos os cidadãos pela inclusão e pela cidadania, por trabalho decente e com direitos para todos os trabalhadores.
4 comentários:
Zé Amigo
Descobri-te nesta imensa blogosfera - e fiquei muito satisfeito. Há tempos que não nos vemos... Mas, os Amigos nunca se esquecem; eu, como sabes, assim entendo e com muito prazer.
Gostaria que visitasses o meu tugurio e deixasses um que outro cumentário, com o...
Já me inscrevi como teu seguidor. Quererás fazer o mesmo no meu? Ficarei muito contente quando o fizeres.
Bom, camarada, até um destes dias.
Abs
Caro Amigo Antunes Ferreira
O tempo passa, mas não esquecemos os amigos.Foi um prazer reencontrar-te na blogosfera depois da colaboração que tivémos no Portugal Socialista.Fizémos alguns números de consulta obrigatória, como se tem visto de alguns ensaios publicados.
Claro, que já me inscrevi também como teu seguidor.O amigo e camarada.
JL
Obrigado pelos temas que aborda neste post, tão pertinentes e de muito interesse para os trabalhadores Portugueses.
Pouco se tem escrito sobre a CSI, apesar da sua enorme importância no diálogo mundial e, se preciso for, no combate mundial contra injustiças decorrentes do capitalismo mundializado.
Vera Santana
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