A atribuição do Prémio Nobel da Paz a Muhammad Yunus e ao Grammeen Bank é uma excelente notícia, que sinaliza a importância que o combate à pobreza e à exclusão social tem para a construção da paz.
Premeia um homem que não se ficou por dar aulas de Economia na Universidade de Chittagong, no Bangladesh e criou uma instituição original, um banco que empresta dinheiro aos mais pobres, o Grammen Bank, permitindo-lhes criarem iniciativas empresariais.
O seu livro “O Banqueiro dos Pobres”, que conta como tudo começou está disponível em português desde 2001, em edição da Difel.
A inspiração de Muhammad Yunis esteve também na origem da Associação Nacional do Direito ao Crédito, sobre a qual pode obter mais informação aqui e que é membro fundador da REM-Rede Europeia de Microfinanças.A Associação Nacional de Direito ao Crédito já apoiou com 615 empréstimos pessoas e que não têm possibilidade de obter crédito junto da banca e que têm capacidades para desenvolver uma actividade económica. O montante do crédito concedido já atingiu os 2686.724 Euros.
Não deixa de ser sintomático que na mesma semana um cidadão do Bangladesh foi premiado com o Prémio Nobel da Paz e um cidadão sul-coreano, Ban Ki-Moon, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, foi eleito secretário-geral das Nações Unidas. Se somarmos a tudo isso a crescente emergência da China e da Índia como potências económicas, mas não só, temos uma antevisão da importância que a Ásia vai ter no quadro político mundial desde o princípio do século XXI.
domingo, outubro 15, 2006
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