VIAJAR PELO MUNDO SEM SAIR DE LISBOA
Lisboa é uma cidade construída através de uma profunda mestiçagem cultural e biológica ao longo de séculos, onde conviveram e se misturaram diversos povos e culturas, que sempre que se assumiu como cidade cosmopolita foi uma grande metrópole internacional e que sempre que se tornou intolerante, entrou em decadência.
António Costa na inauguração de Todos – Caminhada de Culturas aqui, referiu que antes de Richard Florida e das suas ideias sobre cidades criativas já Antero de Quental nos tinha alertado para o facto de que não há progresso e desenvolvimento sem tolerância.
Lisboa com António Costa tem vivido sob o signo da tolerância como já referimos aqui, no respeito pela diversidade cultural e espiritual, pelo que cada cidadão tem de livre e de diferente.
O evento Todos - Caminhada de Culturas, que já referimos aqui, foi uma extraordinária iniciativa cultural e social, de uma cidade amigável, que valoriza a participação, a criatividade e a diversidade dos cidadãos.
Este evento integrou-se na programação de LEM (Lisboa, Encruzilhada de Mundos) da responsabilidade da vereadora Manuela Júdice, em parceira com a Academia de Produtores Culturais, e contou com a concepção de Miguel Abreu, Madalena Victorino, Giacomo Scalisi e Inês Barahona.
Neste evento que teve sempre no centro as pessoas da Mouraria, “o Bairro mais multicultural de Lisboa” com escreveu Alexandra Prado Coelho no Público aqui, cruzaram-se fotografia, música, cinema, dança, gastronomia, envolvendo alfacinhas com novos lisboetas provenientes de outras regiões do país, da África, da Ásia, do Leste da Europa.
É preciso que se saiba em todo o país e no estrangeiro que é possível viajar pelo mundo sem sair de Lisboa e que a Mouraria é um dos bairros de Lisboa por onde se deve começar.
Envolver os cidadãos, respeitando a sua dignidade, valorizando a sua diversidade, e fomentando a sua participação é a chave para a reabilitação e o desenvolvimento urbano e não há desenvolvimento sem mobilização da dimensão cultural e da participação dos cidadãos.
Esta preocupação de envolver os cidadãos está muito presente na forma como foi utilizada a fotografia, desde os auto-retratos de Carlos Morganho, realizados com a participação directa dos fotografados, até às fotografias dos residentes da autoria de Camilla Watson, Carlos Morganho, Georges Dussaud, Luis Pavão, Luísa Ferreira, Helena Gonçalves, quer as que foram expostas no Arquivo Fotográfico aqui, quer nas frontarias dos prédios do Martim Moniz e no Beco das Farinhas, sem esquecer as exposições fotográficas no Centro Comercial da Mouraria e no Grupo Excursionista Recreativo dos Amigos do Minho.
A vida e a arte devem estar entrelaçadas. A arte deve contribuir para dar mais cor, sabor e nitidez à vida e é muito inspirador que este evento se intitule caminhada de culturas, o que aponta para um ir mais além, para a abertura e não para o fechamento. O comércio, muito presente na Mouraria, foi sempre um meio através do qual as religiões e culturas se transmitiram e se cruzaram.
Tive oportunidade de seguir um grupo indiano, o Jaipur Maharaja Brass Band, no sábado de manhã desde o Largo do Intendente até ao Martim Moniz passando pela Rua do Benformoso e devo dizer-vos que vale a pena habituarmo-nos a palmilhar Lisboa, a conhecê-la na sua diversidade. Não há nenhuma razão para que não continuemos a palmilhar Lisboa, da Igreja de S. Domingos, no Rossio, aos Anjos.
A Mouraria era conhecida a nível nacional pela procissão de Nossa Senhora da Saúde, acontecimento espiritual e cultural de grande significado. Passou agora a contar anualmente com um evento cultural que tem como vocação mobilizar toda a diversidade cultural existente e que contribuirá para a projecção de Lisboa como grande metrópole cosmopolita a nível nacional e internacional.
Imagem retirada do sítio da Câmara Municipal de Lisboa aqui, na qual se vê a forma como as fotografias realizadas por Georges Dussaud foram expostas no Martim Moniz.
Lisboa é uma cidade construída através de uma profunda mestiçagem cultural e biológica ao longo de séculos, onde conviveram e se misturaram diversos povos e culturas, que sempre que se assumiu como cidade cosmopolita foi uma grande metrópole internacional e que sempre que se tornou intolerante, entrou em decadência.
António Costa na inauguração de Todos – Caminhada de Culturas aqui, referiu que antes de Richard Florida e das suas ideias sobre cidades criativas já Antero de Quental nos tinha alertado para o facto de que não há progresso e desenvolvimento sem tolerância.
Lisboa com António Costa tem vivido sob o signo da tolerância como já referimos aqui, no respeito pela diversidade cultural e espiritual, pelo que cada cidadão tem de livre e de diferente.
O evento Todos - Caminhada de Culturas, que já referimos aqui, foi uma extraordinária iniciativa cultural e social, de uma cidade amigável, que valoriza a participação, a criatividade e a diversidade dos cidadãos.
Este evento integrou-se na programação de LEM (Lisboa, Encruzilhada de Mundos) da responsabilidade da vereadora Manuela Júdice, em parceira com a Academia de Produtores Culturais, e contou com a concepção de Miguel Abreu, Madalena Victorino, Giacomo Scalisi e Inês Barahona.
Neste evento que teve sempre no centro as pessoas da Mouraria, “o Bairro mais multicultural de Lisboa” com escreveu Alexandra Prado Coelho no Público aqui, cruzaram-se fotografia, música, cinema, dança, gastronomia, envolvendo alfacinhas com novos lisboetas provenientes de outras regiões do país, da África, da Ásia, do Leste da Europa.
É preciso que se saiba em todo o país e no estrangeiro que é possível viajar pelo mundo sem sair de Lisboa e que a Mouraria é um dos bairros de Lisboa por onde se deve começar.
Envolver os cidadãos, respeitando a sua dignidade, valorizando a sua diversidade, e fomentando a sua participação é a chave para a reabilitação e o desenvolvimento urbano e não há desenvolvimento sem mobilização da dimensão cultural e da participação dos cidadãos.
Esta preocupação de envolver os cidadãos está muito presente na forma como foi utilizada a fotografia, desde os auto-retratos de Carlos Morganho, realizados com a participação directa dos fotografados, até às fotografias dos residentes da autoria de Camilla Watson, Carlos Morganho, Georges Dussaud, Luis Pavão, Luísa Ferreira, Helena Gonçalves, quer as que foram expostas no Arquivo Fotográfico aqui, quer nas frontarias dos prédios do Martim Moniz e no Beco das Farinhas, sem esquecer as exposições fotográficas no Centro Comercial da Mouraria e no Grupo Excursionista Recreativo dos Amigos do Minho.
A vida e a arte devem estar entrelaçadas. A arte deve contribuir para dar mais cor, sabor e nitidez à vida e é muito inspirador que este evento se intitule caminhada de culturas, o que aponta para um ir mais além, para a abertura e não para o fechamento. O comércio, muito presente na Mouraria, foi sempre um meio através do qual as religiões e culturas se transmitiram e se cruzaram.
Tive oportunidade de seguir um grupo indiano, o Jaipur Maharaja Brass Band, no sábado de manhã desde o Largo do Intendente até ao Martim Moniz passando pela Rua do Benformoso e devo dizer-vos que vale a pena habituarmo-nos a palmilhar Lisboa, a conhecê-la na sua diversidade. Não há nenhuma razão para que não continuemos a palmilhar Lisboa, da Igreja de S. Domingos, no Rossio, aos Anjos.
A Mouraria era conhecida a nível nacional pela procissão de Nossa Senhora da Saúde, acontecimento espiritual e cultural de grande significado. Passou agora a contar anualmente com um evento cultural que tem como vocação mobilizar toda a diversidade cultural existente e que contribuirá para a projecção de Lisboa como grande metrópole cosmopolita a nível nacional e internacional.
Imagem retirada do sítio da Câmara Municipal de Lisboa aqui, na qual se vê a forma como as fotografias realizadas por Georges Dussaud foram expostas no Martim Moniz.
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