O livro Estado-Nação e Migrações Internacionais, coordenado por M. Margarida Marques, é um livro imprescindível para todos os que se interessam pelas migrações internacionais, nomeadamente, responsáveis dos diferentes serviços da Administração Pública que trabalham com os imigrantes, profissionais da comunicação social que querem perceber o que está para além das aparências, associações de imigrantes e cidadãos atentos a uma realidade que marca dada vez mais o seu quotidiano.
M. Margarida Marques, para além dos importantes estudos publicados em revistas de referência a nível internacional, tem estado associada à divulgação em Portugal de autores fundamentais para a compreensão das migrações internacionais como Alejandro Portes e Stephen Castles, bem como ao Mestrado sobre Migrações, Inter-Etnicidades e Transnacionalismo da Universidade Nova de Lisboa.
A introdução referente aos Estados-Nação perante os desafios das populações em movimento é um ensaio particularmente claro e clarificador de M. Margarida Marques. Se as migrações internacionais são um fenómeno que ultrapassa os Estados, é um erro pensar que os Estado-Nação não continuam a ter um papel imprescindivel a desempenhar relativamente ás migrações, designadamente, no que se refere à incorporação dos imigrantes. Os Estados democráticos têm, vindo a promover a inclusão dos imigrantes sob a alçada do welfere e promovido novas práticas providenciais, como refere M. Margarida Marques.
Nesta colectânea, publicam-se em português, textos da Peggy-Levitt e Nina Glick Schiller, Alejandro Portes, Cristina Escobar e Alexandria W. Radford, Sophie Body-Gendrot, Rinus Penninx, Marco Martiniello e Wayne A. Cornelius.
São textos que ajudam a ler criticamente a forma como as migrações têm vindo a ser reguladas e geridas não apenas em Portugal, mas no quadro da União Europeia.
Os textos de Peggy-Levitt e Nina Glick Schiller, Alejandro Portes, Cristina Escobar e Alexandria W. Radford ajudam a perceber os limites do Estado-Nação como quadro de análise conceptual para entender os fenómenos migratórios e para analisar o que se convencionou chamar como transnacionalismo.
Sophie Body-Gendrot a partir da análise dos guetos norte-americanos e dos subúrbios franceses evidencia as dificuldades dos poderes públicos para lidar no primeiro caso com jovens de minorias segregadas e no outro com jovens de ascendência imigrante.
É particularmente interessante para avaliar a importância da escala local das políticas de integração o estudo de Rinnus Pennix e, Marco Martiniello que tem por base a experiência de incorporação das populações migrantes em dezassete cidades europeias.
O estudo de Wayne A. Cornelius sobre a forma como os Estados Unidos têm procurado combater a imigração irregular com uma estratégia centrada na fronteira (1993-2004) ilustra bem como não têm qualquer apoio científico os discursos de políticos populistas que a este propósito insistem em estereótipos sobre a robustez ou a fragilidade dos Estados nos controlos das fronteiras e em propor medidas que não visam resolver problemas, mas apenas jogar com estereótipos difundidos na opinião pública.
Este livro está incluído na colecção de Estudos Políticos dirigida por Pedro Tavares de Almeida .
M. Margarida Marques, para além dos importantes estudos publicados em revistas de referência a nível internacional, tem estado associada à divulgação em Portugal de autores fundamentais para a compreensão das migrações internacionais como Alejandro Portes e Stephen Castles, bem como ao Mestrado sobre Migrações, Inter-Etnicidades e Transnacionalismo da Universidade Nova de Lisboa.
A introdução referente aos Estados-Nação perante os desafios das populações em movimento é um ensaio particularmente claro e clarificador de M. Margarida Marques. Se as migrações internacionais são um fenómeno que ultrapassa os Estados, é um erro pensar que os Estado-Nação não continuam a ter um papel imprescindivel a desempenhar relativamente ás migrações, designadamente, no que se refere à incorporação dos imigrantes. Os Estados democráticos têm, vindo a promover a inclusão dos imigrantes sob a alçada do welfere e promovido novas práticas providenciais, como refere M. Margarida Marques.
Nesta colectânea, publicam-se em português, textos da Peggy-Levitt e Nina Glick Schiller, Alejandro Portes, Cristina Escobar e Alexandria W. Radford, Sophie Body-Gendrot, Rinus Penninx, Marco Martiniello e Wayne A. Cornelius.
São textos que ajudam a ler criticamente a forma como as migrações têm vindo a ser reguladas e geridas não apenas em Portugal, mas no quadro da União Europeia.
Os textos de Peggy-Levitt e Nina Glick Schiller, Alejandro Portes, Cristina Escobar e Alexandria W. Radford ajudam a perceber os limites do Estado-Nação como quadro de análise conceptual para entender os fenómenos migratórios e para analisar o que se convencionou chamar como transnacionalismo.
Sophie Body-Gendrot a partir da análise dos guetos norte-americanos e dos subúrbios franceses evidencia as dificuldades dos poderes públicos para lidar no primeiro caso com jovens de minorias segregadas e no outro com jovens de ascendência imigrante.
É particularmente interessante para avaliar a importância da escala local das políticas de integração o estudo de Rinnus Pennix e, Marco Martiniello que tem por base a experiência de incorporação das populações migrantes em dezassete cidades europeias.
O estudo de Wayne A. Cornelius sobre a forma como os Estados Unidos têm procurado combater a imigração irregular com uma estratégia centrada na fronteira (1993-2004) ilustra bem como não têm qualquer apoio científico os discursos de políticos populistas que a este propósito insistem em estereótipos sobre a robustez ou a fragilidade dos Estados nos controlos das fronteiras e em propor medidas que não visam resolver problemas, mas apenas jogar com estereótipos difundidos na opinião pública.
Este livro está incluído na colecção de Estudos Políticos dirigida por Pedro Tavares de Almeida .
Apoiada pelo Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova (CESNOVA) esta é uma edição muito bem cuidada, sendo os textos escritos originariamente em inglês e francês, traduzidos com a qualidade das traduções de Frederico Ágoas, que organizou também o índice, bem revistos por Alice Araújo e com a qualidade com que a editora Livros Horizonte, agora sobre a direcção de Cláudia Moura, põe nos livros que edita.
Este é um livro assumidamente aberto, que deixa inúmeras pistas para novos estudos. Como refere M. Margarida Marques: «Para além da progressiva dissociação da componente universal da intervenção dos Estados, relativamente à matriz particular da nação, importa indagar de forma sistemática como se reflecte esta mudança nas práticas de acomodação e na arquitectura institucional das sociedades contemporâneas».
Este é um livro assumidamente aberto, que deixa inúmeras pistas para novos estudos. Como refere M. Margarida Marques: «Para além da progressiva dissociação da componente universal da intervenção dos Estados, relativamente à matriz particular da nação, importa indagar de forma sistemática como se reflecte esta mudança nas práticas de acomodação e na arquitectura institucional das sociedades contemporâneas».
1 comentário:
Olá me interessei muito sobre esse livro, pois faço parte de um grupo de pesquisa sobre Migrações Internacionais na Universidade Estaduald a Paraíba e quero trabalhar esse tema na minha TCC. Como faço para adiquirir este livro, pode me enviar um email? thalita.fmelo@gmail.com
Fico grata!
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